RESUMO Somos quase 8 bilhões de pessoas para viver, comer e sobreviver no único planeta habitável, mas poucos de nós se preocupam com questões ambientais. Nossa relação com a Natureza, em geral, tem sido de exploração e espoliação, seguindo a narrativa antropocêntrica moderna, que prioriza uma mentalidade egocêntrica. Os resultados têm sido privação, escassez, esgotamento dos organismos naturais, destruição do espaço como um todo. Ancorado nos estudos decoloniais e transdisciplinares, este texto pondera sobre as consequências das narrativas eurocêntricas, afirma a necessidade de construir coletivamente uma narrativa diferente, e advoga em favor de letramentos implicados, uma pedagogia para o ensino de línguas que entende que “a vida na Terra implica vida”, e incentiva a melhorar as relações ambientais e sociais em uma concepção ampliada de sustentabilidade.
ABSTRACT We are almost 8 billion people to live, eat and survive on the only inhabitable planet, yet few of us care for environmental issues. Our relationship with the Nature, in general, has been one of exploitation and spoliation, following the anthropocentric modern narrative that prioritizes an egocentric mindset. The outcomes are deprivation, scarcity, depletion of natural organisms, destruction of the space as a whole. Anchored in decolonial and transdisciplinary studies, this text ponders on the consequences of the Eurocentric narratives, claims the need of collectively building a different narrative, and advocates in favor of implicated literacies, a pedagogy for language teaching that understands that “life on Earth implicates life”, and encourages the improvement of environmental and social relations in a broader conception of sustainability.